Em entrevista à Folha de São Paulo, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que o programa Mais Médicos é “provisório”. Para ele, a responsabilidade de contratar os médicos é do município, e não do governo federal. “São eles que deveriam contratar os médicos. Mas temos 2.500 municípios que só têm médicos do Mais Médicos”. Ele não estipulou prazo para o término do programa.
O ministro acredita que uma emenda na Constituição determina que a remuneração de funcionários públicos nos municípios não pode ser superior à do prefeito, o que dificulta o processo já que “Há cidades pequenas em que o prefeito ganha R$ 3.000 ou 4.000”, disse à Folha.
Sobre a criação de um plano de saúde popular, uma das bandeiras levantadas pelo atual governo interino, o ministro afirmou que a medida não deve acabar com a fila do SUS. “Não estamos aliviando, estamos atendendo mais pessoas. Uns pelo plano, outros pelo SUS”, afirmou. “Não tenho que atender pelo SUS, tenho que atender a saúde”.
O programa Mais Médicos oferta bolsa de R$ 10 mil a brasileiros e estrangeiros para atuarem em municípios distantes onde o atendimento é precário e faltam profissionais qualificados.
As informações são da Folha de São Paulo.